domingo, 24 de junho de 2012

Campo politico da narrativa


O livro de Jorge Amado, Gabriela, cravo e canela, inaugura uma nova fase na obra de Jorge Amado. A partir deste romance, Jorge Amado começa a por em destaque o conteúdo político da época onde se passa a narrativa e também é um dos seus primeiros livros a dar destaque as personagens femininas: as mulheres passam ao centro das narrativas como mito sexual, mas também como agentes do próprio desejo
            Gabriela, cravo e canela, narra o caso de amor entre o árabe Nacib e a sertaneja Gabriela e compõe uma crônica do período de plenitude do cacau na região de Ilhéus. Os personagens do livro estão divididos em duas principais partes: a parte dos que querem e estimulam o tão falado progresso e aqueles que são contra os desejos desta ala progressista.
            O livro descreve alterações profundas na vida social da Bahia dos anos de 1920: a abertura do porto aos grandes navios leva à ascensão do exportador carioca Mundinho Falcão e ao declínio dos coronéis, como Ramiro Bastos.
            O livro também descreve o quadro de costumes da época, que a mulher era colocada como submissa ao homem, porém esse processo político-econômico repercute na vida social de Ilhéus e nas relações entre os sexos, apressando mudanças de costumes, começando por libertar a mulher das opressões do velho modelo, patriarcal e machista.

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